segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Geração tola




É assim que vivemos geração tola
Com restos, estilhaços, restos apenas
Hipócritas, egoístas
Essa geração é um fracasso
Cheios de olhar para si próprios
Cade aquele menino que ia mudar o mundo?
Agora és um homem
Que não mede riscos, consequências
Mesmo que isso inclua prejudicar o próximo
Por onde anda aquele garota
que tinha caráter, brio? Se esvaiu, se perdeu.

Por: Renata F. Pinheiro

Como se sente?




Eu ainda não acredito que teve coragem . Não querida, voce não é digna, nunca foi. Está tudo engasgado há anos. Não me venha com abraços, sorrisos, beijos falsos. Quando eu estava a mercê do mundo você não estava lá, nunca esteve. Não há o que comemorar, não sorria, você não tem esse direito. Todos os meus medos e traumas, são graças a você. Alguém que não sabe quantas noites mal dormidas tive na vida, não merece meu perdão. Sabe que balanço a perna quando estou nervosa, que espirro estranho? Claro que não, nem me conhece! Não sabe pelo que me interesso, o que me motiva, com o que vibro realmente. Como se sente?
Quantas vezes deitei minha cabeça no travesseiro e imaginei como poderia ter sido diferente. Pensando bem, meu bem, bem que você merece todo o mal que lhe acontece. Não finja que está tudo bem, não finja que se importa. Você nunca se importou. Mas alguém estava lá, alguém sempre esteve. Não ouse me tocar, não me venha com ‘Eu te amo’. Como ousa dizer essas palavras?!

Por: Renata F. Pinheiro

Vai passar




 Não, definitivamente não estou infeliz com a vida ou algo assim. Desista, recolha esse sorriso maléfico que acabou de abrir, é só um momento, e como qualquer outro momento, vai passar.
Por; Renata Feitosa Pinheiro

A menina




Há uns dias vi uma criança, uma menina. Devia ter uns 4 anos. Ela estava sentada na área de uma casa sozinha, com a cabeça encostada na parede e assim ficou por um tempo, e nada aconteceu. Eu continuei a observá-la e notei que ninguém se aproximou. Notei também que havia no seu olhar um ar de tristeza. E tentei imaginar no que ela estaria pensando, e então veio um filme na minha cabeça, e percebi que havia muito de mim naquela garota. Lembrei-me de quando eu ficava quietinha no meu canto por horas e horas, com o olhar fixo, observando a vida das formiguinhas, tentando fugir do mundo real. E quando eu me perdia nos meus pensamentos, tudo era diferente, não havia problemas. Ao ver aquela criança, ali, pensativa, eu quase chorei, quase. Só segurei as lágrimas por que ao meu redor haviam mais pessoas que poderiam notar, e você estava lá.

Por Renata Feitosa Pinheiro